uas categorias - servidores da Justiça e bancários do Banco da Amazônia, o Basa - estão em processo de greve, reivindicando direitos e aumentos salariais. Os da Justiça do Pará começam o movimento hoje, 18; os do Basa se mantêm em assembleia geral, também com indicativo de greve.
Os servidores do Tribunal de Justiça do Pará promovem
paralisação de um dia, nesta quarta-feira, mobilizando tanto a capital quanto o
interior do Estado. A paralisação será das 8 horas às 14 horas, em frente à
sede do Tribunal, à avenida Almirante Barroso, e apoio logístico de outras
comarcas.
A ação é parte de uma série de atos de protestos
organizados pelo Sindicato dos Servidores do Judiciário que pode culminar em
uma greve geral por tempo indeterminado, a partir da próxima quarta-feira, 25
de setembro, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas.
A paralisação faz parte das estratégias adotadas pelos
servidores para pressionar o TJ em relação aos seguintes pontos: o fim das
desigualdades no pagamento do risco de vida; elevação e o fim das desigualdades
dos percentuais de progressão para todos os cargos; reformulação do plantão
judicial; fim das jornadas de plantão sem intervalo e o pagamento de horas
extras e adicional noturno.
Também são reivindicados o fim da coleta biométrica de
presos, atualmente realizada por funcionários do Tribunal - tratando-se de
desvio de função, pois é atribuição da Polícia Civil -, o pagamento do auxílio
transporte para todas as comarcas e a extensão do adicional de qualificação a
todos os cargos.
Banco da Amazônia
Na assembleia geral ocorrida sexta-feira, 13, os
empregados do Banco da Amazônia em Belém e no Pará rejeitaram a proposta da
direção e continuam mobilizados em assembleia, aguardando as novas propostas.
A atual paralisação foi aprovada no Pará e demais Estados
da região devido à intransigência da direção do Basa, que se recusa a atender
diversas reivindicações específicas do funcionalismo relacionadas a plano de
saúde, incorporação de função após dez anos e participação nos lucros e
resultados, dentre outras.
Caso diferenciado
Enquanto os bancários aguardam a rodada de negociação, a
área de Engenharia do Basa já está em greve. Desde 2016, os engenheiros do Pará
estão sem Acordo Coletivo de Trabalho, e o banco tem imposto essa condição,
pois os gestores se negam a criar uma mesa de negociação com os empregados.
Mais uma vez esta categoria, que amarga perdas como a do ticket e
cesta de alimentação, do auxílio creche, da integralização da remuneração e que
está sem reajuste salarial, se vê diante da necessidade de recorrer ao instrumento
da greve, para tentar ser ouvido pela gestão do Basa.
Outros Estados
Em assembleia realizada no final de agosto, na sede do
Sindicato dos Bancários do Maranhão, em São Luís, os bancários decidiram
deflagrar greve geral por tempo indeterminado no Banco da Amazônia. A greve
começou em 5 de setembro em todo o Maranhão.
Começou na segunda-feira,16, a greve geral dos bancários
do Basa no Tocantins, que foi aprovada com 79% dos votos e por tempo
indeterminado. A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral Extraordinária
realizada terça-feira, 10, e ocorreu de forma online para os filiados ao
Sindicato e presencialmente para os não filiados, nas sedes do sindicato em
Palmas, Gurupi e Araguaína, cidades do Tocantins onde o Basa tem agências.
Papo Reto
· Sinais
de fumaça que não saem das terras quilombolas nem dos lagos Bolonha e Água
Preta apontam discreta movimentação do MP do Pará contra as obras de construção
da Rodovia da Liberdade.
· A
rodovia, como se sabe, é considerada a mais importante alternativa encontrada
pelo governador Helder Barbalho (foto) para dar fluidez ao
tráfego de saída de Belém, o que o BRT Metropolitano não deverá conseguir.
· Quem
for atacado por abelhas pode ir logo tirando o cavalinho da chuva, isto é, deve
desistir de chamar o Corpo de Bombeiros. Nesses casos, a vítima é orientada a
chamar uma firma terceirizada.
· As
festas de aparelhagem ganham homenagem do Centro Cultural Banco do Brasil, no
Centro do Rio de Janeiro, uma tradição cultural do Pará que vai invadir o
festival Paredão Ocupa o Museu.
· No sábado, dia 28 de setembro, o Sonoro Paraense traz
toda a potência do Norte para a capital carioca. Liderada por Júnior Almeida,
filho e guardião de uma herança transgeracional do construtor da aparelhagem,
Milton de Almeida Nascimento, Júnior está em atividade desde 1985, e vai
proporcionar uma noite com discotecagem em vinil.
· Além de fazer todo mundo dançar, eles ainda vão estrear
o filme “Hoje estamos aqui: Breve História de um Sound System Amazônico”,
durante a Mostra de Filmes do Festival Paredão Ocupa o Museu.
· A
obra conta a história das primeiras aparelhagens do Pará e como eles lutam para
preservar as memórias. No espaço Sonoro Paraense, dedicado à cultura musical do
Pará, em Belém, há venda, compra e troca de discos de vinil, e fica na avenida
João Paulo II, 1696.
· Nos
últimos dois anos, o deputado Eduardo da Fonte destinou R$ 2,7 milhões em
emenda parlamentar para uma comunidade terapêutica fundada por dois colegas de
partido.