Servidores do Tribunal de Justiça paralisam atividades no Pará e exigem direitos e salários

Mobilização da categoria ocorre em frente à sede do TJ, à Almirante Barroso; trabalhadores do Basa mantém indicativo de greve, que está em curso no Maranhão e Tocantins.

18/09/2024 11:00
Servidores do Tribunal de Justiça paralisam atividades no Pará e exigem direitos e salários
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uas categorias - servidores da Justiça e bancários do Banco da Amazônia, o Basa - estão em processo de greve, reivindicando direitos e aumentos salariais. Os da Justiça do Pará começam o movimento hoje, 18; os do Basa se mantêm em assembleia geral, também com indicativo de greve.


Uma das reivindicações no TJ é o fim da coleta biométrica de presos, considerada ‘desvio de função’, por se tratar de atribuição da Polícia Civil/Fotos: Divulgação.

Os servidores do Tribunal de Justiça do Pará promovem paralisação de um dia, nesta quarta-feira, mobilizando tanto a capital quanto o interior do Estado. A paralisação será das 8 horas às 14 horas, em frente à sede do Tribunal, à avenida Almirante Barroso, e apoio logístico de outras comarcas.

 

A ação é parte de uma série de atos de protestos organizados pelo Sindicato dos Servidores do Judiciário que pode culminar em uma greve geral por tempo indeterminado, a partir da próxima quarta-feira, 25 de setembro, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas.

 

A paralisação faz parte das estratégias adotadas pelos servidores para pressionar o TJ em relação aos seguintes pontos: o fim das desigualdades no pagamento do risco de vida; elevação e o fim das desigualdades dos percentuais de progressão para todos os cargos; reformulação do plantão judicial; fim das jornadas de plantão sem intervalo e o pagamento de horas extras e adicional noturno.

 

Também são reivindicados o fim da coleta biométrica de presos, atualmente realizada por funcionários do Tribunal - tratando-se de desvio de função, pois é atribuição da Polícia Civil -, o pagamento do auxílio transporte para todas as comarcas e a extensão do adicional de qualificação a todos os cargos.

 

Banco da Amazônia

 

Na assembleia geral ocorrida sexta-feira, 13, os empregados do Banco da Amazônia em Belém e no Pará rejeitaram a proposta da direção e continuam mobilizados em assembleia, aguardando as novas propostas.

 

A atual paralisação foi aprovada no Pará e demais Estados da região devido à intransigência da direção do Basa, que se recusa a atender diversas reivindicações específicas do funcionalismo relacionadas a plano de saúde, incorporação de função após dez anos e participação nos lucros e resultados, dentre outras.

 

Caso diferenciado

 

Enquanto os bancários aguardam a rodada de negociação, a área de Engenharia do Basa já está em greve. Desde 2016, os engenheiros do Pará estão sem Acordo Coletivo de Trabalho, e o banco tem imposto essa condição, pois os gestores se negam a criar uma mesa de negociação com os empregados. Mais uma vez esta categoria, que amarga perdas como a do ticket e cesta de alimentação, do auxílio creche, da integralização da remuneração e que está sem reajuste salarial, se vê diante da necessidade de recorrer ao instrumento da greve, para tentar ser ouvido pela gestão do Basa.

 

Outros Estados

 

Em assembleia realizada no final de agosto, na sede do Sindicato dos Bancários do Maranhão, em São Luís, os bancários decidiram deflagrar greve geral por tempo indeterminado no Banco da Amazônia. A greve começou em 5 de setembro em todo o Maranhão.

 

Começou na segunda-feira,16, a greve geral dos bancários do Basa no Tocantins, que foi aprovada com 79% dos votos e por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral Extraordinária realizada terça-feira, 10, e ocorreu de forma online para os filiados ao Sindicato e presencialmente para os não filiados, nas sedes do sindicato em Palmas, Gurupi e Araguaína, cidades do Tocantins onde o Basa tem agências.

 

Papo Reto

 

· Sinais de fumaça que não saem das terras quilombolas nem dos lagos Bolonha e Água Preta apontam discreta movimentação do MP do Pará contra as obras de construção da Rodovia da Liberdade.

 

· A rodovia, como se sabe, é considerada a mais importante alternativa encontrada pelo governador Helder Barbalho (foto) para dar fluidez ao tráfego de saída de Belém, o que o BRT Metropolitano não deverá conseguir.

 

· Quem for atacado por abelhas pode ir logo tirando o cavalinho da chuva, isto é, deve desistir de chamar o Corpo de Bombeiros. Nesses casos, a vítima é orientada a chamar uma firma terceirizada.

 

·  As festas de aparelhagem ganham homenagem do Centro Cultural Banco do Brasil, no Centro do Rio de Janeiro, uma tradição cultural do Pará que vai invadir o festival Paredão Ocupa o Museu.

 

·   No sábado, dia 28 de setembro, o Sonoro Paraense traz toda a potência do Norte para a capital carioca. Liderada por Júnior Almeida, filho e guardião de uma herança transgeracional do construtor da aparelhagem, Milton de Almeida Nascimento, Júnior está em atividade desde 1985, e vai proporcionar uma noite com discotecagem em vinil.

 

·  Além de fazer todo mundo dançar, eles ainda vão estrear o filme “Hoje estamos aqui: Breve História de um Sound System Amazônico”, durante a Mostra de Filmes do Festival Paredão Ocupa o Museu.

 

· A obra conta a história das primeiras aparelhagens do Pará e como eles lutam para preservar as memórias. No espaço Sonoro Paraense, dedicado à cultura musical do Pará, em Belém, há venda, compra e troca de discos de vinil, e fica na avenida João Paulo II, 1696.


· Nos últimos dois anos, o deputado Eduardo da Fonte destinou R$ 2,7 milhões em emenda parlamentar para uma comunidade terapêutica fundada por dois colegas de partido. 

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