São Paulo, 19 - A defesa do influenciador
Bruno Aiub, o Monark, pediu que o ministro Flávio Dino seja impedido de
participar do julgamento de recursos para tentar reverter a multa de R$ 300 mil
e o bloqueio de suas redes sociais. O julgamento dos recursos está previsto
para começar nesta sexta-feira, 20, no plenário virtual da Primeira Turma do
Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa menciona um processo movido pelo ministro contra o influenciador. Dino
alega ter sido vítima de calúnia, difamação e injúria. Ele foi xingado e
chamado de "gordola" por Monark em uma transmissão ao vivo.
O advogado Jorge Urbani Salomão, que representa o influenciar, afirma que o
impedimento no caso "é tão elementar que dispensa maiores
argumentações".
"Negar que o voto a ser proferido pelo E. Min. Flávio Dino não poderá
estar sujeito a influência extra autos é negar, antes da lei, a vigência das
razões de existência do ser humano", argumenta.
O bloqueio decretada pelo STF alcança perfis de Monark no Instagram, Rumble,
Telegram, Twitter e Youtube. A decisão foi tomada depois que o influenciador
levantou suspeitas sobre a transparência das urnas e questionou se o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) teria interesse em "manipular" as eleições.
Ao mandar tirar os perfis do ar, o ministro Alexandre de Moraes argumentou que
a medida foi necessária para interromper a divulgação de "discursos com
conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade
institucional e democrática".
Monark foi multado depois de criar novas contas nas redes, burlando a restrição
judicial. Moraes também determinou a abertura de uma investigação para analisar
se houve crime de desobediência.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Reprodução