Agressão

Sindifisco repudia atentados contra agentes do fisco e cobra porte de arma

Entidade se manifesta favoravelmente ao projeto de lei que tramita no Senado Federal permitindo que auditores da Receita Federal do Brasil tenham direito ao porte de armas

18/09/2024 20:00
Sindifisco repudia atentados contra agentes do fisco e cobra porte de arma

Belém, PA - O Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sindifisco-Pará) divulgou, na tarde desta quarta-feira,18, nota repudiando os recentes ataques contra agentes do Fisco nos Estados do Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte.


No documento, a entidade classifica os ataques como “gravíssimos” e afirma que pede  “medidas duras e urgentes por parte das autoridade para garantir a segurança desses agentes públicos e punir os responsáveis por esses atos criminosos”.


Os ataques foram registrados em Patos (Paraíba), na terça-feira (17), e em Monte Alegre (Rio Grande do Norte), na quarta-feira (18). No Pará, um servidor da unidade fiscal do Itinga (divisa com o Maranhão), foi abertamente ameaçado por um condutor de veículo, em represália à ação fiscal.


Na nota, o Sindifisco se manifesta favoravelmente ao projeto de lei que tramita no Senado Federal permitindo que auditores da Receita Federal do Brasil tenham direito ao  porte de armas. Se aprovada, a medida será estendida  às carreiras equivalentes no âmbito dos Estados e Distrito Federal.


"O Sindifisco-Pará não acredita que o porte de arma seja capaz de resolver os riscos a que estão submetidos os servidores que atuam na fiscalização tributária, apesar disso, considera necessária e até mesmo exigível a concessão do porte de arma aos agentes do Fisco", pondera Charles Alcantara, presidente do Sindifisco-Pará.


Alcantara afirma que o porte terá “inegável potencial inibitório aos que atentam contra o poder de polícia fiscal e que deve ser condicionado a adequado e continuado treinamento desses agentes públicos”.


"É em nome desses agentes, que têm a integridade física e a própria vida permanentemente postas em risco, em razão de interesses poderosos e, muitas vezes, criminosos, que o Sindifisco cobra das autoridades públicas e dos políticos de todos os partidos, o porte de arma, por inegável e premente necessidade", conclui.


Íntegra da Nota


Os ataques recentes contra agentes do Fisco em Patos (Paraíba), na última terça-feira (17), e em Monte Alegre (Rio Grande do Norte), na quarta-feira (18), são gravíssimos e exigem medidas duras e urgentes por parte das autoridades, não apenas com vistas a responsabilizar e punir os criminosos, como também para garantir máxima segurança a esses agentes públicos, que realizam atividade essencial ao Estado e à sociedade.


No último 6 de setembro, na unidade fiscal do Itinga, no Pará (divisa com o estado do Maranhão), um agente do Fisco foi abertamente ameaçado por um condutor de veículo, em represália à ação fiscal. Felizmente, não houve consequências mais graves.


Tramita no Senado Federal o Projeto de Lei n° 3713/2019, que concede porte de arma aos auditores da RFB e, por extensão, às carreiras equivalentes no âmbito dos estados e distrito federal. Ocorre que esse PL recebeu uma avalanche de emendas que acabaram por dificultar o avanço da proposição que está travada em meio a impasses políticos de toda ordem, inclusive ideológica.


O Sindifisco-Pará não acredita que o porte de arma seja capaz de resolver in totum os riscos a que estão submetidos os servidores que atuam na fiscalização tributária. Apesar disso, considera NECESSÁRIA e até mesmo EXIGÍVEL a concessão do PORTE DE ARMA aos AGENTES DO FISCO, condicionado a adequado e continuado treinamento, pelo inegável potencial inibitório aos que atentam contra o poder de polícia fiscal exercido por esses agentes públicos.


É em nome desses agentes, que têm a integridade física e a própria vida permanentemente postas em risco, em razão de interesses poderosos e, muitas vezes, criminosos, que contrariam a todo momento, que o Sindifisco cobra das autoridades públicas e dos políticos de todos os partidos, o porte de arma, por inegável e premente necessidade.


Belém(PA), 18 de setembro de 2024.


Charles Alcantara

Presidente do Sindifisco-Pará


Foto: Divulgação

Mais matérias Cidades