Com o objetivo de reforçar o combate ao crime organizado, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira, 1º de novembro, no
Palácio do Planalto, um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Isso
permitirá que o Governo Federal, por meio das Forças Armadas, Polícia Federal e
Polícia Rodoviária Federal, possa atuar em ações no Porto do Rio de Janeiro,
Porto de Itaguaí (RJ) e Porto de Santos (SP), bem como no Aeroporto do Galeão,
no Rio, e no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A GLO tem validade apenas em
territórios federais.
"Essa GLO valerá até maio do ano que vem e, se for necessário
reforçar em mais portos e aeroportos, nós vamos reforçar”, disse Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da
República
“A violência que nós temos assistido tem se agravado a cada dia que
passa e nós resolvemos tomar uma decisão fazendo com que o Governo Federal
participe ativamente, com todo o potencial que ele tem, para que a gente possa
ajudar os governos dos estados e ajudar o próprio Brasil a se livrar do crime
organizado, da quadrilha, do tráfico de droga e do tráfico de armas. Essa GLO
valerá até maio do ano que vem e, se for necessário reforçar em mais portos e
aeroportos, nós vamos reforçar”, afirmou o presidente Lula.
Além da atuação em portos e aeroportos, o presidente anunciou que o
Exército e a Aeronáutica, em articulação com a Polícia Federal e a Polícia
Rodoviária Federal, fortalecerão ações relativas à faixa de fronteira do Brasil
com outros países, com ênfase nos estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul. Nesse caso, não é necessário a GLO.
Também sem necessidade de GLO, a Marinha ampliará a atuação, em
articulação com a Polícia Federal, na Baía de Guanabara (RJ), Baía de Sepetiba
(RJ) e nos acessos marítimos ao Porto de Santos (SP) e Lago de Itaipu, na
fronteira do Brasil com o Paraguai.
O evento no Palácio do Planalto contou com a participação dos ministros
Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), José Múcio (Defesa), Rui Costa (Casa
Civil), além dos comandantes da Marinha, Almirante Marcos Olsen; do Exército,
General Tomás Paiva; da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo
Damasceno, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Flávio Dino fez questão de frisar que o decreto assinado pelo presidente
não substitui em nenhuma hipótese as funções das polícias nos estados em que a
GLO terá validade. “Nós não vamos substituir polícias estaduais. O que nós
estamos fazendo, fizemos no Rio Grande do Norte, fizemos na Bahia, e agora
estamos fazendo no Rio, é apoiar as polícias estaduais”, explicou o ministro da
Justiça.
Segundo ele, esta GLO difere-se de todas as outras adotadas no Brasil e pode ser classificada como inovadora. “Este plano é, de modo múltiplo, inovador porque usa uma GLO específica, porque prevê uma dimensão estratégica, porque integra e porque está focado naquilo que é responsabilidade federal: portos, aeroportos e fronteira”, reforçou Flávio Dino.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Foto: Ricardo Stuckert/PR