Plano B

Kamala Harris formaliza sua disputa por candidatura à presidência dos EUA pelo partido democrata

Atual vice-presidente tentará obter a nomeação pelo Partido Democrata na Convenção Nacional, em Chicago, no mês que vem

21/07/2024 20:43
Kamala Harris formaliza sua disputa por candidatura à presidência dos EUA pelo partido democrata

São Paulo, SP - A vice-presidente americana, Kamala Harris, formalizou, no início da noite deste domingo, 21, pelo horário de Brasília, a candidatura à presidência dos Estados Unidos. A campanha "Harris para Presidente" protocolou à Comissão Federal Eleitoral um registro em que confirma que Harris deixa de ser postulante a um novo mandato como vice-presidente e agora busca ocupar o topo da chapa democrata.


A medida é um dos passos necessários para permitir que os recursos arrecadados pelo presidente Joe Biden possam ser transferidos para Harris. A vice-presidente agora tentará obter a nomeação pelo Partido Democrata na Convenção Nacional, em Chicago, no mês que vem, após Biden ter desistido da reeleição.


Pelo mundo


Autoridades mundiais reagiram neste domingo, 21, à desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à reeleição pelo Partido Democrata. Biden publicou no começo da tarde uma nota informando sua desistência na rede social X (antigo Twitter), e endossou apoio a Kamala Harris, sua vice, na corrida presidencial.


"Respeito a decisão do presidente Biden e espero que trabalhemos juntos durante o resto da sua presidência. Sei que, tal como fez ao longo da sua notável carreira, terá tomado a sua decisão com base no que acredita ser melhor para o povo americano", ressaltou Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido.


Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, também demonstrou apoio ao democrata americano. "O meu amigo Joe Biden conseguiu muito: pelo seu país, pela Europa, pelo mundo. Graças a ele, a cooperação transatlântica é estreita, a Otan é forte e os EUA são um parceiro bom e confiável para nós. Sua decisão de não concorrer novamente merece respeito", enfatizou.


Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha, também se manifestou. "Toda minha admiração e reconhecimento pela corajosa e digna decisão do presidente Joe Biden. Graças à sua determinação e liderança, os EUA superaram a crise econômica após a pandemia e o grave ataque ao Capitólio e têm sido exemplares no seu apoio à Ucrânia face à agressão russa de Putin Um grande gesto de um grande presidente que sempre lutou pela democracia e pela liberdade", publicou.


Ainda, o presidente de Israel, Isaac Herzog, também mostrou solidariedade à Biden neste momento. "Quero estender os meus sinceros agradecimentos a Joe Biden pela sua amizade e apoio inabalável ao povo israelita ao longo das suas décadas de carreira. Como o primeiro presidente dos EUA a visitar Israel em tempo de guerra, como destinatário da Medalha de Honra Presidencial Israelita e como um verdadeiro aliado do povo judeu, ele é um símbolo do vínculo inquebrável entre os nossos dois povos. Envio a ele, Jill Biden, e a toda sua família, meus mais calorosos votos de Jerusalém", escreveu.


"Caro Presidente Joe Biden. Você tomou muitas decisões difíceis graças às quais a Polônia, os EUA e o mundo estão mais seguros e a democracia mais forte. Sei que você foi movido pelas mesmas motivações ao anunciar sua decisão final. Provavelmente a mais difícil da sua vida", publicou o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, em seu perfil no X.


"Ouvi a notícia da decisão do presidente Biden com tristeza e admiração. Ele tem sido um amigo permanente da Irlanda, proporcionando um apoio inestimável para a paz e a prosperidade nesta ilha. A sua visita no ano passado será lembrada por muito tempo como uma celebração poderosa e alegre da nossa relação com os EUA. Esta foi sem dúvida a decisão mais difícil, mas feita, como sempre, com dignidade e classe. Eu sei que o povo da Irlanda desejará o melhor ao presidente Biden", escreveu Micheál Martin, ministro de Relações Exteriores da Irlanda.


Trump se manifesta


 Na primeira declaração oficial após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar a saída da disputa presidencial, o ex-presidente americano e candidato republicano, Donald Trump, fez duras críticas ao rival democrata, em publicação na sua rede social Truth Social.


Trump acusou Biden de chegar à Casa Branca por meio de mentiras e fake news. "Todos aqueles ao seu redor, incluindo o seu médico e a mídia, sabiam que ele não era capaz de ser presidente, e ele não era", escreveu.


O republicano repetiu a linha de argumentação a que costuma recorrer para condenar Biden. Disse que o presidente deixou imigrantes ilegais atravessarem a fronteira e que o país "sofreu muito" nos últimos quatro anos. "Remediaremos o dano que ele causou muito rapidamente. Faça a América Grande de Novo!", concluiu Trump.


Foto: AFP

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