O elenco e a equipe de produção da série Cidade de Deus relataram que
foram agredidos por policiais militares nas gravações do derivado do filme. As
filmagens acontecem na comunidade 12 do Cinga, em São Paulo.
A produtora O2 Filmes confirmou ao Estadão o ocorrido. A informação foi
veiculada pelo O Globo que teve acesso a um vídeo em que um policial aparece
explicando a ida da PM ao local.
Segundo o agente, eles teriam recebido uma denúncia sobre o "tribunal do
crime", porém era apenas a gravação da produção. Em nota, a O2 informou:
"Sobre o ocorrido durante as filmagens da série Cidade de Deus na
comunidade 12 do Cinga em São Paulo, a O2 Filmes informa que tem trabalhado em
colaboração direta com as autoridades. A prioridade da produtora continuará
sendo a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos em nossos trabalhos. A
O2 se solidariza com a equipe e elenco e tem oferecido todo o suporte
necessário."
O Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar de
São Paulo. Em comunicado, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que a
conduta dos agentes está sendo apurada. Veja o pronunciamento na íntegra:
"A Polícia Militar informa que, no dia 27 de julho, equipes do 5° BPM
(Batalhão de Polícia Militar) foram acionados para a região do Parque Novo
Mundo, na zona norte da capital, por conta de uma suposta ação criminosa em
andamento. Durante o patrulhamento, a equipe se deparou com várias pessoas
aglomeradas. Elas foram orientadas a sair do local por segurança
Posteriormente, os policiais foram informados que no local ocorria a gravação
de um filme. A conduta dos policiais militares está sendo apurada pelo
batalhão. Logo após tomar conhecimento do acontecido, a SSP se reuniu com a
produtora responsável pela gravação para se desculpar pelo fato e dar todo o
suporte necessário para que agravação volte a acontecer sem nenhuma
intercorrência."
O anúncio da produção do seriado foi feito ano passado, pela HBO Max. A ideia
do novo projeto é contar uma história pós-filme, mostrando onde os personagens
estariam anos depois dos acontecimentos de 2002.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Reprodução/ Twitter