O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta
sexta-feira, 18, que no próximo dia 29 de agosto haverá uma reunião com a
presença de todos os 27 governadores para discutir a reforma tributária.
"Faremos essa reunião no dia 29, às 10 horas da manhã, para que todos
possam opinar sobre o tema", disse Pacheco, durante participação em evento
do Insper, em São Paulo, sobre os próximos passos da reforma.
Na avaliação do presidente do Senado, é inegável que há visões divergentes
sobre os pontos mais importantes dentro de uma reforma complexa, como a
tributária, mas cabe à política o desafio de tomar a melhor decisão para o
País.
"De um lado há o setor público com uma visão, o setor privado com outra,
estados que pensam de um jeito e municípios grandes e pequenos, em que há
divergência também", comentou Pacheco.
Entre os pontos de convergência, porém, Pacheco pontuou que o consenso é que
não haja aumento de carga tributária e que a União e os estados e municípios
não deixem de arrecadar impostos
Espaço para discussão aumentou com aprovação de reformas estruturais
O presidente do Senado afirmou que a aprovação de reformas estruturais nos
últimos anos possibilitou a discussão da reforma tributária atualmente. No
evento sobre o tema no Insper, em São Paulo, Pacheco citou a aprovação de
medidas como as reformas política, trabalhista e previdenciária e a autonomia
do Banco Central.
"Se não fosse por isso, talvez não teríamos espaço para discutir a
tributária hoje", destacou Pacheco, enaltecendo, também, as tentativas
anteriores de se aprovar uma reforma tributária no País.
Na avaliação do presidente do Senado, há um consenso sobre a necessidade de se
aprovar a reforma, e a divergência é a respeito da forma que ela será feita.
"A sociedade não aceita mais a inércia do governo federal e do Congresso,
sob pena de termos ainda mais caos e alta litigiosidade tributária",
comentou Pacheco.
Durante o evento, Pacheco também destacou que considera o senador Eduardo Braga
(MDB-AM) como adequado para ser o relator da medida no Senado, citando, sua
experiência na vida pública como prefeito, governador e deputado e, também, por
ser do Amazonas, estado em que há um regime diferenciado para a tributação por
conta da Zona Franca de Manaus.
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Agência Senado