Brasília, DF - Tirar o visto americano deve ficar 140% mais caro para os brasileiros em breve. O aumento no custo para emissão da documentação obrigatória para entrar nos Estados Unidos foi previsto com a aprovação, na semana passada, de um projeto de lei chamado de "Grande e Belo" pelo presidente Donald Trump.
Chamada de "Taxa de Integridade do Visto", a nova cobrança será somada às já existentes hoje. Seu valor de emissão será de US$ 250 para não imigrantes. Na conversão com o câmbio desta segunda-feira, o valor em reais equivale a cerca de R$ 1,4 mil.
Hoje, há dois tipos de vistos sendo concedidos pelo consulado americano: o de imigrantes, destinado a quem deseja residir de forma permanente nos EUA, e o de não imigrantes, para aqueles que precisam viajar de forma temporária, seja para turismo, a trabalho ou para estudar por um determinado período de tempo em alguma instituição americana. É para este segundo grupo, com data para voltar, que a nova taxa será cobrada.
A aprovação do pacote não deixa claro o início da cobrança extra, mas o próximo ano fiscal dos EUA já começa a valer a partir de outubro. A nova legislação determina ainda o pagamento de US$ 24 (ou aproximadamente R$ 135) para o formulário de registro do visto (I-94), uma espécie de inscrição.
Hoje já existe a obrigação do pagamento de uma única taxa, de US$ 195 (ou R$ 1,1 mil) para solicitar o visto de não imigrante. Em resumo, será somado a este valor as duas novas taxas, de US$ 250 e US$ 24. Na prática, um turista a caminho da Disney, na Florida, por exemplo, deverá desembolsar US$ 469, para pedir o visto americano nos consulados americanos, o equivalente a R$ 2,62 mil.
O pacote de Trump deixa claro que pode haver reajuste dessas tarifas a cada ano fiscal com base na inflação do país. A aplicação da nova tarifa ainda requer regulamentação, que ainda não foi criada.
Dinheiro pode voltar ao turista
Mas, calma, há uma boa notícia. O texto aprovado diz ainda que o visitante poderá pedir reembolso dos US$ 250 caso cumpra as regras do visto, ou seja: não trabalhar sem autorização nos Estados Unidos; retornar ao país de origem dentro do prazo legal (90 dias, no caso de turismo brasileiro, com adição de mais cinco dias), ou para aqueles que requisitarem um novo prazo de validade ou alteração do status migratório.
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(Com O Globo)