Operação combate supostas irregularidades no Conselho Tutelar de Curralinho

Ministério Público atua no caso

27/05/2025, 10:30
Operação combate supostas irregularidades no Conselho Tutelar de Curralinho

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da Promotoria de Justiça de Curralinho, deflagrou a Operação Guardião Sombrio, que apura supostas irregularidades no funcionamento do Conselho Tutelar do município. A ação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI) e teve como base decisão da Vara Única de Curralinho, que autorizou o afastamento de dois conselheiros tutelares por 180 dias, além do cumprimento de mandados de busca e apreensão.

 

As investigações apontam indícios de três condutas graves praticadas por membros do conselho: desvio de verbas públicas por meio de um esquema de “rachadinha” com servidores temporários, fraudes na manutenção do veículo oficial com possível superfaturamento e omissão na apuração de uma denúncia de abuso sexual infantil.

 

De acordo com o inquérito, que tramita sob segredo de justiça, uma servidora da Secretaria Municipal de Assistência Social teria repassado aos conselheiros, de forma integral, valores recebidos por horas extras, com o suposto conhecimento da então gestora da pasta. A movimentação financeira era registrada em planilhas e teria sido utilizada de maneira indevida.

 

Diante da gravidade das denúncias, o Poder Judiciário considerou que a continuidade dos investigados nos cargos poderia interferir na apuração dos fatos e na integridade institucional do órgão.

 

Celulares e arma apreendidos

Durante a operação, foram apreendidos aparelhos celulares, documentos e dispositivos eletrônicos nas residências dos investigados. 

 

Em um dos locais, foi encontrada ainda uma arma de fogo de fabricação caseira, o que resultou na prisão em flagrante de um dos alvos da operação. Ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Curralinho para os procedimentos legais.

 

As investigações continuam em sigilo para garantir a coleta de provas e a responsabilização dos envolvidos.

 

Fonte e foto: Ascom MPPE


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