Força-tarefa no Estado aprova plano de reação com orçamento superior a R$ 1 milhão para conter danos provocados pela praga.
sta semana, órgão de defesa agropecuária, empresários, representantes das esferas estadual e federal, além do Ministério Público do Estado se reuniram de forma emergencial para discutir medidas de combate à praga conhecida como “vassoura-de-bruxa” da mandioca, que tem avançado no Estado do Amapá e já atinge diversos municípios do Pará. O problema ameaça o sustento de milhares de agricultores, sobretudo na chamada agricultura familiar.
O encontro foi realizado na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Faepa, em Belém, com a apresentação de um plano estratégico de ação emergencial, previsto para iniciar em novembro. O projeto terá duração de 36 meses e contará com um orçamento estimado em mais de R$ 1,5 milhão - R$ 600 mil liberados já na primeira fase.
O objetivo do plano emergencial é avaliar 200 genótipos de mandioca quanto à resistência ao fungo popularmente conhecido como “vassoura-de-bruxa”, além de testar a eficácia de 12 fungicidas - isolados e misturados - e dois agentes biológicos.
As recomendações de manejo devem ser adaptadas a diferentes realidades ambientais do Estado do Amapá, buscando minimizar a incidência, severidade da praga e recuperar a produtividade das lavouras.
O estudo será conduzido em três localidades distintas, com repetições em blocos ao acaso. Cada parcela experimental conterá oito plantas com espaçamento padrão de 0,90 x 0,90 metros, utilizando linhas isca com genótipos suscetíveis para uniformização do inóculo. As avaliações incluirão mensurações quinzenais e mensais de incidência e severidade da praga, além da produtividade ao final do ciclo.
As variedades resistentes identificadas ao longo do experimento deverão ser imediatamente replicadas e distribuídas, com o intuito de garantir a continuidade da produção e a segurança alimentar das famílias agricultoras.
A praga conhecida como vassoura-de-bruxa é transmitida pelo fungo Ceratobasidium theobromae e tem como principais sintomas a apresentação de ramos secos e deformados, nanismo e brotação fraca nos caules - formando “vassouras”, clorose, murcha, morte apical e descendente da planta. A contaminação acontece por meio de material vegetal infectado, ferramentas, solo e água contaminada.
Em janeiro de 2025, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária para Amapá e Pará, instituindo o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca e também um Centro de Operações de Emergência para articular as ações.
Até agora, 735 inspeções foram realizadas nas áreas afetadas, com 32 amostras coletadas e 45 casos confirmados. O plano também determina quarentena e restrição, higienização das ferramentas, implementos, maquinário e viveiros utilizados nessas áreas e o uso de manivas sadias.
O plano emergencial conta com representantes da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Faepa; Ministério Público do Estado; Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca; e Universidade Federal Rural da Amazônia.
O encontro realizado na Faepa também contou com uma palestra técnica do pesquisador Saulo Alves Santos de Oliveira, da Embrapa, que apresentou um panorama preocupante da disseminação da infestação da vassoura-de-bruxa e os riscos para a cadeia produtiva da mandioca na região Norte.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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