Belém, PA - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou neste domingo, 3, do ato bolsonarista “Reaja Brasil” em Belém, PA. O evento organizado pelo pastor Silas Malafaia e por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será realizado em ao menos 23 cidades.
O ex-presidente, que mora em Brasília, não poderá ir ao evento por causa de medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) – que incluem a proibição de sair de casa aos fins de semana.
O protesto visa a pedir, mais uma vez, o impeachment de Moraes e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, além de pressionar pela aprovação do projeto de lei que concede anistia aos presos pelos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023.
No sábado, 2, Michelle participou do “Encontro do PL Mulheres Nacional do Pará”, em Marabá. No evento, o público gritou “Volta Bolsonaro” enquanto ela discursava. Michelle, então, chorou e disse que o marido “gostaria de poder entrar no telão” e afirmou que as coisas vão dar certo.
“Com certeza meu galego está assistindo”, disse Michelle. “Esse carinho, esse calor e esse respeito é o que tem nos ajudado a conseguir estar de pé”, declarou a ex-primeira-dama.
São Paulo e outras praças
A manifestação deste domingo em São Paulo aconteceu na na Av. Paulista e foi organizada pelo pastor Silas Malafaia. O ex-presidente não participou do ato por conta das medidas cautelares impostas pelo STF desde o dia 18 de julho, entre as quais um recolhimento domiciliar aos finais de semana.
Para compensar a ausência do ex-presidente nas ruas, familiares participaram em diferentes cidades. Além de Michelle Bolsonaro em Belém, o senador Flávio Bolsonaro(PL-RJ) marcou presença no ato em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Essa foi a primeira manifestação pró-Bolsonaro após o anúncio de sanções dos Estados Unidos ao Brasil, estimuladas por um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O governo de Donald Trump alegou que Bolsonaro sofre uma "caça às bruxas" e impôs tarifas de 50% às importações brasileiras, além de sancionar o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky.
Queda de público
O comparecimento aos atos em favor do ex-presidente minguou à medida do avanço da investigação e da ação penal por tentativa de golpe de Estado, da qual é réu. A redução do público é superior a 90%. Em fevereiro de 2024, mais de 125 mil pessoas estiveram presentes na Avenida Paulista. Em 29 de junho, um protesto no mesmo local reuniu 12,4 mil pessoas. Os dados são Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).
Em 7 de julho, Donald Trump declarou que a ação penal por tentativa de golpe era uma "caça às bruxas" a Jair Bolsonaro. Em 9 de julho, o americano anunciou que taxaria importações brasileiras em 50%. Em 18 de julho, Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares por tentar criar "entraves econômicos" ao Brasil em uma tentativa de coagir o curso do processo em que é réu.
Em 29 de julho, o governo Trump impôs a Alexandre de Moraes sanções da Lei Magnitsky. No mesmo dia, oficializou o tarifaço, previsto para iniciar em 6 de agosto. Mais de 600 produtos ficaram de fora da tarifa adicional.
Foto: Divulgação
(Com o Poder 360 e Estadão conteúdo)